O Barroco em Amarante

O Barroco em Amarante

Amarante tem um conjunto de exemplares do Barroco que não pode perder numa visita ao centro da cidade. O barroco amarantino traduz-se em fachadas simples e austeras, que contrastam com interiores pomposos, cobertos de talha dourada e, também, de azulejaria.

Conheça o Barroco de Amarante, presente nas Igrejas de São Gonçalo, São Pedro, São Domingos e da Misericórdia.

Numa época marcada pelo poder absoluto e ilimitado do Rei – característica das monarquias absolutistas –, pela rigidez dos costumes e pelo forte progresso científico, florescia a arte do Barroco que irradiou por vários estados da Europa e de outros continentes, sobretudo durante o século XVIII.

Portugal não foi uma exceção e recebeu influências que se podem observar em diversos pontos do país. Amarante é, também a este respeito, uma caixa de tesouro da arte barroca. Pelo centro histórico da cidade, espalha-se um notável conjunto de monumentos daquele estilo.

Merecem destaque, por exemplo, a Igreja de São Gonçalo, a de São Pedro, a de São Domingos (Nosso Senhor dos Aflitos) e a Igreja da Misericórdia.

Veja-se a igreja de São Gonçalo, cujo início de construção teve lugar em 1540. No edifício, encontram-se marcas do barroco seiscentista e ornamentação faseadas. Do estilo barroco são o altar-mor (em estilo barroco joanino) e o órgão de tubos. Mas procurem-se os pormenores e observem-se os púlpitos e as capelas laterais de S. Jacinto, S. Tiago e sacristia.

O valioso património do barroco na cidade é enriquecido pela igreja de São Pedro, um templo diferenciado pela verticalidade. O conjunto arquitetónico deslumbra, ainda, pelos traços do barroco nortenho, em especial, o contraste visível entre o granito da cantaria e o branco dos panos. O Altar-mor é mais uma vez um exemplar da mestria do trabalho em talha dourada associado barroco. Aconselhado, é que se observem os pormenores e descubram os azulejos seiscentistas, em tons de amarelo e azul e o retábulo, de talha dourada, bem como o teto entalhado da sacristia, que é, no género, um dos melhores do país.

A igreja de São Domingos é considerada por alguns uma “joia do barroco português”. Uma vez mais o motivo de maior destaque encontra-se no interior, iluminado com elementos de talha dourada. É um autêntico apelo à visão. Estamos a falar da Capela-Mor, toda ela é revestida a talha dourada do século XVIII, com o retábulo, abóbada e cadeiral dignos de serem contemplados.