Teixeira de Pascoaes

Teixeira de Pascoaes

Engrandecer Portugal era o maior anseio de Teixeira de Pascoaes. Figura de renome da literatura, o poeta via na Saudade a condição perfeita para “ressuscitar” o país. Teixeira de Pascoaes abandonou a carreira de advogado para se dedicar à escrita. Foi o principal mentor do “Saudosismo” e dirigente do movimento “Renascença Portuguesa”. Na história de Portugal e, muito particularmente, de Amarante, é relembrado como um poeta-filósofo. Amarante deu o seu nome a uma Alameda, onde lhe ergueu uma estátua, mesmo defronte ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso. Simbolicamente é daí que continua a contemplar o Rio Tâmega e a Serra do Marão, as suas duas principais musas inspiradoras.

Teixeira de Pascoaes. Este é o pseudónimo de um dos maiores vultos da Literatura nacional: Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos. Teve berço em Amarante, em novembro de 1877, e ficou para a história como um poeta-filósofo.

Os seus estudos são feitos em Coimbra, onde cursa de Direito, que termina em 1901. De regresso ao Porto, exerce a profissão de advogado durante 10 anos. Mas Pascoaes sempre privilegiou uma vida solitária: só com os próprios pensamentos e os seus livros. É assim que abandona a carreira judicial e se entrega à escrita, porque ser poeta era bastante. E traquejo não faltava – publicara o primeiro livro logo aos 17 anos.

Refugiado no solar cujo nome adotou (de Pascoaes), o escritor ensaia sobre a condição da Saudade. Teixeira de Pascoaes vive com um espírito inquieto; com a ânsia de criar um novo Portugal, depois de proclamada a República. Ora, determinado a ‘ressuscitar’ a nação, dirige o movimento “Renascença Portuguesa”, para – com outros intelectuais da época – divulgar aqueles ideais de “Saudosismo”: a saudade é o valor humano perfeito; e só a saudade poderia dar um destino glorioso a Portugal.

A par da poesia, Pascoaes deixa um legado de ensaísta, com obras como “A Arte de Ser Português”. Foi mais um génio de raiz amarantina que elevou a cultura nacional a um patamar superior. Poderá encontrar alguns dos exemplares dos seus livros na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira. Hoje a Quinta de Pascoaes, na freguesia de Gatão, é local onde poderá marcar a sua estadia em Amarante. A Rota do Românico tem para si programa um dia dedicado a Pascoaes intitulado – Pascoaes: “Existir não é pensar, é ser lembrado.”