Eulália Macedo

Eulália Macedo

Maria Eulália Macedo tinha uma relação fraternal com Amarante. Era um amor tornado evidente nas obras que escrevia – uma das quais galardoada com o Prémio de Manuscritos de Poesia. Na cidade, “Lalinha” deixou uma influência, mais do que como poetisa, como cidadã. E por isso recebeu a distinção maior: a Medalha de Honra do Município.

“Tenho pela minha terra um amor duro e enxuto de lirismo. É deste chão que eu sou e dele gosto”. Era assim que Maria Eulália Macedo se referia a Amarante. O amor nutrido pela cidade – e pelas gentes da terra – era grande. E a paixão lia-se com clareza nos escritos da poetisa. Para o papel, “Lalinha”, como era conhecida, transportava ainda empatia e os encantos da vida. Era um dom natural. Eulália compreendia tudo e todos.

Entre as suas obras, contam-se “Construção de Vento Norte” – que valeu à escritora o Prémio de Manuscritos de Poesia, do Secretariado Nacional de Informação -, “Raízes” ou “Histórias de Poucas Palavras”. E em jornais portugueses e brasileiros as publicações também são variadas.

Nascida em São Gonçalo, a 21 de março de 1921, Eulália Macedo conviveu com outros vultos da literatura e das artes, como Teixeira de Pascoaes, João Teixeira de Vasconcelos ou Alexandre Pinheiro Torres. Em Amarante deixou uma marca como uma das mais prestigiadas figuras da região – na poesia, na escrita e, acima de tudo, na cidadania. A maior distinção aparece com a atribuição da Medalha de Honra do Município. Precisamente no dia em que completava 90 anos. Era o reconhecimento pelo amor que Eulália dedicara à terra natal através da força da palavra.