António do Lago Cerqueira
António Lago Cerqueira
António do Lago Cerqueira foi percursor na promoção dos vinhos de Amarante, tendo, ele próprio, criadoras “Caves da Calçada”. Republicano convicto, assumiu, em 1910, a Presidência da Comissão Administrativa do Município de Amarante e, logo a seguir, a Presidência da Câmara, cargo que desempenhou, numa primeira fase, até 1917 e, mais tarde, entre 1923 e 1928.
António do Lago Cerqueira nasceu em 11 de outubro de 1880, na Casa da Calçada, hoje um hotel de charme integrado na cadeia Relais & Chateau.
Em 1904 concluiu, como bacharel, o curso de Filosofia. Nesses anos de formação e de enriquecimento da sua personalidade adquire a admiração pelo regime Republicano, tendo militado no Partido Republicano Português e no Partido Democrático.
A instauração da República, em 1910, apanhou-o em Amarante, para onde tinha regressado depois de concluída a vida académica, para se dedicar à exploração e engrandecimento das suas propriedades agrícolas. O novo regime deu-lhe, primeiro, a Presidência da Comissão Administrativa e, logo de seguida, a presidência da Câmara, cargo para que, numa primeira fase, seria sucessivamente eleito, até 1917.
No ano de 1918, durante o período sidonista, esteve preso no Porto e, tendo conhecido as agruras do aljube, exila-se em França. Regressa a Amarante em março de 1919, depois de terminada a chamada “Monarquia do Norte”.
O regresso à terra natal foi marcante para a sociedade amarantina, que o desejava e que o elege, de novo, Presidente da Câmara em dois mandatos sucessivos (1923-25 e 1926-28). Entre 1919 e 1925 foi, também, deputado da Nação.
Em 1927, integrou um movimento revolucionário que, derrotado, o haveria de levar, de novo, ao exílio em França, país onde se dedicou ao aprofundamento dos seus conhecimentos em viticultura. Voltou a estudar, frequentando um curso sobre vinificação, no Instituto Nacional de Agronomia, publicando, em 1929, livro o “Os vinhos de Portugal”.