Doces tradicionais na região Norte: uma viagem rica em sabores e história

Tão vasta como o território é a oferta de doçaria tradicional da região Norte. Percorra esta pequena rota que abre o apetite para conhecer e provar sabores doces cheios de história e tradição, que podem ser consultados, com detalhe, no guia “Tascas, Petiscos & Doces”

Arregala-se a vista e apura-se o palato. Em Amarante, perca-se de amores pela doçaria conventual, numa mão-cheia de tentações que as Clarissas deixaram como herança. No Minho, domina o o fino Pudim Abade de Priscos, enquanto no Douro o popular Doce da Teixeira é assíduo em todas as festas e romarias. A época de Natal justifica ainda mais uma paragem para a prova final da singular Rabanada à Poveira.

Lérias
Conta-se em Amarante que a abundância de ovos oferecidos pelos locais às freiras do Convento de Santa Clara, erguido no século XIII, motivou a criação de uma panóplia de pecados em forma de doçaria tradicional.

As claras dos ovos eram usadas como goma para passar a ferro e com as gemas as clarissas criaram doces que devolviam aos agricultores com cuidado especial: cada pequeno bolo devia ter calorias suficientes para que os camponeses aguentassem um dia inteiro de duro trabalho.

A base de ovos, açúcar e amêndoa é comum às cinco principais receitas conventuais herdadas das clarissas em Amarante, que passaram do convento para as casas senhoriais, antes de chegarem às confeitarias: Lérias, Papos de anjo, Brisas do Tâmega, Barquinhos e Foguetes são especialidade local, a que se junta o muito atrevido S. Gonçalo, com história própria para conhecer localmente.

Por ser companhia melhor para os doces do que o chá, conta-se ainda que muitas vezes iam os bules para a mesa cheios de disfarçado vinho verde. Com vista sobre o Tâmega, prove as Lérias da Confeitaria da Ponte, a laborar desde 1931, e aprenda a fazer estas doces tentações sob marcação prévia. Casa das Lérias e Confeitaria Lailai são outras doces sugestões.

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