Geocaching, outro olhar sobre Amarante
As razões para visitar Amarante são muitas e cada pessoa que a visita traz consigo um novo olhar. Neste artigo iremos falar do múltiplo olhar que o geocaching poderá trazer a quem visita Amarante.
“Amarante é excelente para a prática de geocaching, individualmente ou em família. Seja pela diversidade e riqueza das caches, seja pela descoberta do território, da cultura local ou da paisagem. Depois, há sítios e locais que pensamos conhecer bem, porque nos cruzamos com eles todos os dias, mas sobre os quais aprendemos sempre algo mais através do geocaching”
Tiago Teles praticante de Geocaching
Antes de avançarmos com uma breve descrição desse múltiplo olhar sobre Amarante gostávamos de contar rapidamente a história que deu origem à prática de Geocaching.
A 2 de maio de 2000, o sinal GPS (Global Positioning System) disponível ao público passou a ter a precisão até então reservada apenas aos militares. Para testá-la, Dave Ulmer teve a ideia de criar o “Great American GPS Stash Hunt”, decidindo esconder, no dia seguinte, um balde preto num bosque perto de Beavercreek, em Oregon, que tinha no interior um diário de bordo (agora chamado de logbook), um lápis, uma cassete VHS, uma bala, entre outros pequenos itens.
De seguida, partilhou online as coordenadas e explicou que o localizador só poderia utilizar o recetor GPS para chegar ao local. Se conseguisse encontrar o balde devia tirar um dos objetos e deixar outro, em troca.
No primeiro mês, Mike Teague, a primeira pessoa a encontrar o balde de Dave Ulmer, decidiu começar a recolher todos os textos que indicavam as coordenadas de algum recipiente e partilhou-os na sus página pessoal: GPS Stash Hunt.
Nascia, assim, o Geocaching,uma atividade ao ar livre que funciona como uma espécie de “caça ao tesouro” no mundo real, através de coordenadas GPS. Os praticantes (geocachers) deslocam-se até ao local indicado e procuram uma pequena caixa (geocache ou cache) que se encontra escondida.
Seja geocacher em terras de Amarante
Neste artigo não será possível referir todos os pontos até porque queríamos deixar espaço para as descobertas inerentes ao geocaching.
Para quem gosta de fazer caminhadas e ainda não conhece o geocaching será fundamental esclarecer que, por norma, cada cache está colocada num sítio com algum tipo de interesse, seja ele histórico, uma paisagem digna de ser fotografada, um ponto conhecido numa cidade ou uma cascata escondida no meio do nada.
O principal objetivo é dar a conhecer novos locais ou, caso já se conheçam, descobrir pequenos tesouros escondidos em objetos do dia-a-dia, em que geralmente ninguém repara[1].
Em Amarante alguns destes pontos serão pontos de interesse histórico e paisagístico como o Mosteiro de Travanca, Mosteiro de Gondar, Amadeo de Souza Cardoso, Ilha dos Amores, Penedo dos Cornudos, Pôr do Sol no Marão, estações de comboio como a de Vila Meã e outros espaços onde, em tempos, passou o Comboio (Ecopista do Tâmega), Mini-Hídrica e ponte do Ôlo, entre muitos outros.
Mas poderão encontrar “multicaches” que o ajudarão a fazer percursos que não estejam marcados no terreno e outros que estão, mas que apresentam outras variantes do mesmo. Estes percursos são conhecidos pelos residentes que utilizam o geocaching para os dar a conhecer. Assim através do geocaching descobrirá caminhos como a Levada de Canadelo; o trilho da Corvachã, o trilho da Aldeia e margens do rio Ovelha e o trilho do Marão tem Sangue Azul.
Os geocachers, mais ou menos experimentados, têm, no território do concelho de Amarante, múltiplas caches para explorar, seja na cidade, nas serras e zonas rurais. A plataforma www.geocaching.com referencia 569, mas a este número pode ser acrescentado outras a qualquer momento.
Tiago Teles, eng. Alimentar, 35 anos, tem no geocaching um dos seus hobbies favoritos e classifica Amarante “como excelente para a sua prática, individualmente ou em família, seja pela diversidade e riqueza das caches, seja pela descoberta do território, da cultura local ou da paisagem. Depois, há sítios e locais que pensamos conhecer bem, porque nos cruzamos com eles todos os dias, mas sobre os quais aprendemos sempre algo mais através do geocaching”, acrescenta.
Tiago Teles considera, ainda, que o geocaching acrescenta cultura e conhecimento, “mas desenvolve também os sentidos de busca e orientação em quem o pratica”.
Quando nos for possível viajar, ainda que se mantenha a necessidade de evitar aglomerados, este desporto nos locais naturais e rurais de Amarante permite experiências enriquecedoras e de baixo risco.
Se o geocahing é de seu interesse venha a Amarante e descubra este mundo de natureza e aventura!
[1] Adaptado de texto de Miguel Vieira Rodrigues. “O que é o Geocaching e o que preciso de saber?”, in Observador.
Quer já começar a explorar algumas das caches?
Para amantes do comboio deixamos aqui sugestão na Ecopista e em Vila Meã.
Para amantes de natureza deixamos a margens do rio Ovelha e do rio olo, mas também Marão e Canadelo.
Para amantes da história deixamos o Mosteiro de Travanca, Mosteiro de Gondar e Amadeo de Souza-Cardoso.